RESENHA: A UTOPIA ( THOMAS MORUS)

Thomas Morus foi um pensador inglês e é considerado um dos melhores representantes humanista que surgira no século XVI.
A crítica moreana se estende a três dimensões da sociedade: a composição social, o aspecto político e a dimensão econômica.

Do ponto de vista da composição social, a Inglaterra estava “fracionada” entre nobres, “artífices da corrupção”, clero, “os primeiros vagabundos deste mundo”; os soldados, que viviam na “ociosidade”; e os miseráveis, cujo destino era o de ser “enforcados com todas as formas de processo” (MORUS, 1990, p. 36, 49, 34 e 37). Nessa composição social, não havia a liberdade necessária à vida cidadã.

Na perspectiva da política, o que se via era a figura do príncipe absoluto, cujo axioma moral expressava o entendimento de que o soberano era “o proprietário universal e absoluto dos bens e pessoas de todos os súditos”, os quais dependiam “do bel-prazer do soberano” (MORUS, 1990, p. 58). Aí a liberdade tinha sido abortada na raiz. O soberano era o dono da vida e da morte das pessoas. A palavra dele era lei.

Na esfera econômica, o “direito de propriedade” prevalecia acima de tudo e de todos. Como decorrência da propriedade, assistia-se à busca do “lucro imediato”, a “carestia dos víveres” e o “luxo e as loucas despesas que este ocasiona” (MORUS, 1990, p. 65, 39, 30 e 39). Desse modo, a propriedade estava funcionando como fonte de todos os males pelos quais os ingleses coetâneos de Morus se viam passando.



Utopia é um lugar imaginário em que tudo estar organizado de uma forma superior e que pressupõe um sistema irrealizável, uma fantasia. E a Utopia de Morus representa exatamente isso, sua obra foi organizada a partir de relatos fictícios feito pelo viajante Raphael Hitlodeu, este teria participado da expedição de Américo Vespúcio, onde Raphael desenha  uma ilha paradisíaca, com descrições de um lugar perfeito.


Aí Morus começa a viajar com sua idéias e pensa que neste lugar as pessoas vivem em harmonia e trabalham em favor do bem comum, ali os empregos não dependiam da pessoas ser homem ou mulher ou de sua formação anterior. 


Os pensamento de Morus nos revela que ele visava libertar os homens para o trabalho, ele queria emprego para todos, e esperava encurtar as horas de trabalho, dando a todos o dia de seis horas. Podemos perceber então que com essas idéias ele se aproximava dos modernos socialista, apesar que que seu enfoque não seja, exatamente, em direção ao futuro, o seu ideal traduzia o ideal medieval, comum a toda teoria política do Ocidente. A Utopia é uma concepção de um Estado perfeito onde se viveria em plena liberdade religiosa, neste lugar os habitante são pagãos, apesar de que na prática eles são melhores cristão que os cristão europeus, os habitantes de Utopia são pacíficos, amáveis e respeitáveis. No fim de sua obra More se da conta de que Inglaterra e Europa jamais irão adotar uma visão utopiana.